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Livros

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​BINGEMER, Maria Clara; LOSSO, Eduardo Guerreiro; PINHEIRO, Marcus Reis (Org.).

A mística e os místicos.

Petrópolis: Ed. Vozes, 2022. 

 

Na raiz de toda religião há uma profunda experiência espiritual que chamamos também de mística. A essência da mística reside numa experiência de maravilhamento de que algo exista. Sábios das mais diferentes culturas e até entre cientistas como Albert Einstein testemunham este extasiar-se face ao mistério da existência, do mundo, da vida e do meu próprio existir. Não se trata de um conhecimento, mas de uma experiência totalizante que permite à pessoa se sentir parte de um Todo que o transcende mas do qual faz parte. Esse mistério não é o limite da razão. É o ilimitado da razão. Sempre se pode conhecer mais e mais o mistério, ficando sempre mistério em todo o conhecimento. Mas a singularidade da mística não reside em conhecer, mas em sentir o mistério. A ânsia mística é mergulhar nesse mistério poderoso e amoroso e sentir-se um com ele. Desta experiência fontal nascem as religiões como esforço de traduzir esta experiência originária: por um rito, por uma dança, por um canto, por uma palavra. Cada cultura produz sua religião, tradução singular da experiência mística. O valor deste livro A mística e os místicos consiste em revelar os múltiplos percursos da experiência mística nas muitas tradições. Todas elas se encontram na busca da comunhão com o Uno. Ela se dá no cotidiano como se expressa nas palavras do místico inglês William Blake: “ver o mundo num grão de areia, o céu num campo florido, o infinito na palma da mão e a eternidade numa hora de vida”. Isto é mística.

Leonardo Boff

Maria Clara Bingemer é professora titular no Departamento de Teologia da PUC-Rio. Ex-diretora do Centro Loyola de Fé e Cultura da mesma e ex-decana do Centro de Teologia e Ciências Humanas da PUC-Rio. Graduada em Comunicação Social (PUC-Rio, 1975), mestra em Teologia (PUC-Rio, 1985) e doutora em Teologia Sistemática (PUC-Rio, 1989).

Marcus Reis Pinheiro possui graduação em Filosofia (UFRJ, 1996), mestrado e doutorado em Filosofia (PUC-Rio, 2004). É professor Associado III em Filosofia na UFF.

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MORAES, Pedro Sá; LOSSO, Eduardo G. B. (Org.).

Música Chama.

Rio de Janeiro: Circuito, 2016.

A crítica e a criação na música popular brasileira contemporânea vivem um impasse. Anos de relativismo culturalista ofuscaram experimentações estéticas mais vigorosas e inventivas. Por outro lado, tentativas de retomada dos gostos culturais da pequena burguesia como parâmetro crítico têm se mostrado tanto conservadoras numa dimensão social quanto redutoras e superficiais no âmbito da estética. Ambos não conseguem conviver com uma arte que instaura negatividades inconciliáveis e interrompe a cultura, inclusive a do “bom gosto” pequeno-burguês.

E é justamente esta a arte que interessa ao Coletivo Chama. Eles vêm criando fusões instigantes entre variações da estética do ruído, que esgarçam a forma-canção, e variações de uma estética da palavra, que mantém a forma canção como horizonte da criação, criando uma música de invenção, de ponta, ancorada numa refinada poética da canção, que faz jus à excelência da tradição do nosso cancioneiro e dá um passo além. É por conta disso que os seus artistas conseguem ser mais contemporâneos que a maior parte dos seus contemporâneos.

Pedro Sá Moraes é cantor, compositor, violonista e ator do Rio de Janeiro, vencedor do Prêmio Profissionais da Música (2016) como Melhor Cantor. Formado em Psicologia pela PUC-Rio e Mestre em Literatura pela UFRJ, começou sua carreira musical como intérprete de samba

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SIEBER, Cornelia; LOSSO, Eduardo Guerreiro B.; GRONEMANN, Gronemann (Org.).

Diferencia minoritaria en Latinoamérica = Diferença minoritária na América Latina.

Zürich: Georg Olms, 2008.

A noção de ‘diferença minoritária’ inaugura a possibilidade de uma percepção polivalente das sociedades atuais que se encontram marcadas pelos fenômenos de globalização e da migração. Podemos considerá-las, seguindo as reflexões do teórico cultural Homi Bhabha, como conjuntos sociais tecidos por múltiplas e dinâmicas relações de seus sujeitos que constituem comunidades parciais, com delimitação temporal. As contribuições do presente volume se aproximam, por esta perspectiva, a um complexo de questões que entrelaçam as noções de gênero, nação, raça e classe tanto no discurso sociocultural como nas expressões artísticas e populares de distintas regiões latino-americanas. Nestes fenômenos evidencia-se a indissolubilidade dos diversos níveis de ‘diferença minoritária’ que resultam do entrecruzamento das multifacetadas experiências da diferença. As estratégias geradas na América Latina, que operam desde a polifonia e a interação em vez de norma e assimilação, podem ser consideradas, nesse sentido, como ponto de partida para enfrentar os desafios de uma futura sociedade global.

Cornelia Sieber é assistente de cátedra do Instituto de Romanística e membro do Centro de Investigação Ibero-Americana da Universidade de Leipzig.
Claudia Gronemann é catedrática designada do Instituto de Romanística da Universidade de Mannheim.

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LOSSO, Eduardo Guerreiro B.

Mística e anti-mística.

Cadernos Ultramares. Lisboa: Oca, 2020. 

 

"Há uma grande diferença entre a mística e a literatura moderna que se serve dela. a primeira produziu sim literatura de altíssimo nível, é uma das vertentes da fina flor da literatura medieval e renascentista, bem como da filosofia e teologia, também. Mas ela não é ficção. Acredita no que diz A literatura moderna, diferentemente, buscou a autonomia da ficcionalidade, portanto não inclui convencimento nem de verdade nem de sistemas."

Ao repensar, de forma livre, a relação entre mística e crítica literária, Eduardo Guerreiro B. Losso faz uma instigante releitura do simbolismo brasileiro e de uma "tradição delirante" presente na cultura brasileira.

A coleção Cadernos Ultramares é uma iniciativa inédita: uma reunião dos melhores ensaios brasileiros modernos e contemporâneos em belas edições contextualizadas. Trazendo textos de grandes pensadores brasileiros em diversas áreas, como Sérgio Buarque de Holanda, Benedito Nunes, Roberto Schwarz, Gabriel Cohn, Silviano Santiago, Glauber Rocha, Mário Pedrosa, Lilia Schwarcz, Suely Rolnik e José Miguel Wisnik, os Cadernos Ultramares permitirão aos pesquisadores, artistas e acadêmicos um acesso amplo ao melhor do pensamento brasileiro. Os assinantes receberão dois cadernos especiais todo mês em suas casas.

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LOSSO, Eduardo Guerreiro B.

Renato Rezendo por Eduardo Guerreiro B. Losso.

Coleção Ciranda da Poesia. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2014.

Eduardo Guerreiro B. Losso, professor de teoria da literatura, analisa a poesia de Renato Rezende, ganhador do Prêmio Alphonsus de Guimaraens, da Biblioteca Nacional. O cuidado formal com a língua, a busca existencial e o engajamento contracultural são características da poesia de Rezende, que faz parte da geração de poetas dos anos 1990. O leitor encontrará na antologia poemas de livros como Passagem, Ímpar e Aura.

Renato Rezende é mestre e doutor em Arte e Cultura Contemporânea no Instituto de Artes da UERJ e pesquisador visitante do Museo Reina Sofia, em Madrid. É autor de Ímpar (Lamparina, 2005, Prêmio Alphonsus de Guimaraens da Fundação Biblioteca Nacional), Noiva (Azougue, 2008), Coletivos (com Felipe Scovino, 2010), No contemporâneo: arte e escritura expandidas (com Roberto Corrêa dos Santos, 2011), Experiência e arte contemporânea (com Ana Kiffer, 2012), Conversas com curadores e críticos de arte (com Guilherme Bueno, 2013), Poesia e vídeoarte (com Katia Maciel, Bolsa FUNARTE 2012), Poesia brasileira contemporânea – crítica e política (2014), Flávio de Carvalho (com Ana Maria Maia, 2015) e da “Trilogia da Fantasia” (Amarração, Caroço e Auréola), entre outros. Em 2014 assinou, em parceria com Armando Lôbo, a obra musical Noiva – esboço de uma ópera. Em parceria com Dirk Vollenbroich em 2010 apresentou a intervenção urbana MY HEART IN RIO, no Oi Futuro de Ipanema (curadoria de Alberto Saraiva) e em 2015 S.O.S Poesia, no MAR – Museu de Arte do Rio (curadoria de Paulo Herkenhoff e Clarissa Diniz). Renato Rezende também é tradutor, editor-chefe da editora Circuito e curador.

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LOSSO, Eduardo Guerreiro B.

Sublime e violência: Ensaios sobre poesia brasileira contemporânea.

Rio de Janeiro: Azougue Editorial, 2018.

Raramente nos deparamos com uma obra teórica fundamental, capaz de funcionar se não como um divisor de águas, aos menos como um marco importante na compreensão da produção estética de uma geração, ou parte importante dela. Ainda mais raro no contemporâneo, quando a crítica de poesia (sublinhando aqui uma diferença entre poesia e literatura, que se tornou inequivocamente parte da indústria cultural), quando de fato existente, submete-se ao mercado e, ao mesmo tempo que recua diante de conceitos formativos caros à gerações anteriores, tende a apegar-se aos valores convencionais do cânone, em detrimento de novas pesquisas de linguagem, e a pensar movimentos e obras de forma apenas pontual.
Contrariando, no entanto, uma série de análises e leituras pessimistas, a poesia brasileira contemporânea é de uma potência ímpar. Talvez porque ela esteja onde ela não parece estar. Neste livro abrangente e fundamental, Eduardo Guerreiro B. Losso vai encontra esse outro lugar da poesia não em suas manifestações mais ousadas e distanciadas de seu suporte tradicional, mas exatamente na produção livresca de alguns de seus exponentes mais reconhecidos. Essa a importância e a genialidade do livro: de certo modo Losso resgata a poesia da literatura e revela seu fulgor original.
Assim como o místico age sempre em relação à uma doutrina religiosa, perigosamente transgredindo-a e conquistando novos territórios para o espírito, o poeta age em relação à literatura. Faltava um crítico e teórico do porte de Eduardo Guerreiro B. Losso, profundo conhecedor da mística ocidental, por tantos séculos recalcada, para ler a produção da poesia brasileira contemporânea sobe esta chave, iluminando-a. E se pudermos dizer que a poesia contemporânea é potente e atual porque fundamentalmente política, é porque ela é também fundamentalmente mística.


Renato Rezende

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PUCHEU NETO, Alberto; LOSSO, Eduardo Guerreiro Brito (Org.).

O carnaval carioca de Mário de Andrade.

Rio de Janeiro: Azougue Editorial, 2011.

O carnaval carioca de Mário de Andrade estabelece como ponto de partida o modernismo brasileiro, criador de um corte fundamental em nossa história e precursor do que veio a seguir. Este livro possibilita um diálogo interdisciplinar entre poesia, crítica, teoria literária, filosofia, história, mística secularizada moderna e comparatismo, decorrente do primeiro ano de trabalho do Grupo de Pesquisa Poesia Brasileira Contemporânea.

Alberto Pucheu é poeta, ensaísta, professor de Teoria Literária da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Cientista do Nosso Estado, pela Faperj, e pesquisador do CNPq. Seu livro de ensaios Pelo colorido, para além do cinzento; a literatura e seus entornos interventivos recebeu o Prêmio Mário de Andrade de Ensaio Literário, da Fundação Biblioteca Nacional. Além de ter mantido o blog “O cuidado da poesia; poemas do e para o nosso tempo” durante meses no site da Revista Cult e de ter preparado um dossiê sobre poesia contemporânea para a mesma revista, Alberto Pucheu também tem publicado poemas e ensaios em diversos livros, periódicos acadêmicos brasileiros e em portais nacionais e internacionais de literatura, bem em vários jornais do país e em sites específicos.

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